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A ÚLTIMA CARTA DE AMOR (RESENHA)

  • Foto do escritor: Felipe N. Trindade
    Felipe N. Trindade
  • 3 de set. de 2017
  • 3 min de leitura

Oi gente, tudo bem? Já fazia algum tempo que eu não trazia resenhas de livros e já que vocês estavam me pedindo muito no direct do Instagram cá estou.

Londres, 1960. Ao acordar em um hospital após um acidente de carro, Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada. Novamente em casa, com o marido, ela tenta sem sucesso recuperar a memória de sua antiga vida. Por mais que todos à sua volta pareçam atenciosos e amáveis, Jennifer sente que alguma coisa está faltando. É então que ela descobre uma série de cartas de amor escondidas, endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”, e percebe que não só estava vivendo um romance fora do casamento como também parecia disposta a arriscar tudo para ficar com seu amante. Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas endereçadas a Jennifer durante uma pesquisa nos arquivos do jornal em que trabalha. Obcecada pela ideia de reunir os protagonistas desse amor proibido — em parte por estar ela mesma envolvida com um homem casado —, Ellie começa a procurar por “B”, e nem desconfia que, ao fazer isso, talvez encontre uma solução para os problemas de seu próprio relacionamento. Com personagens realísticos complexos e uma trama bem-elaborada, A última carta de amor entrelaça as histórias de paixão, adultério e perda de Ellie e Jennifer. Um livro comovente e irremediavelmente romântico.

Sempre achei que os livros que falam sobre cartas fossem capazes de despertar em mim um interesse e envolvimento maiores pela história, desde o momento em que estou na livraria e vejo a capa, até o momento em que já estou submergido na vida dos personagens. E isso se confirma e se repete a cada livro que leio com essa temática. No caso de A Última Carta de Amor, não poderia ser diferente, tudo nele desperta a nossa atenção e atrai o nosso olhar e vontade de ler: a capa é linda, com cores e formas delicadas, os comentários em volta à capa nos fazem querer entrar imediatamente na vida dos personagens e, sobretudo, a possibilidade de conhecer histórias de amor arrebatadoras traduzidas em belas cartas de amor.

As expectativas foram muitas, porém, logo que comecei a leitura, estava um pouco confuso porque o livro possui duas protagonistas – Jennifer Stirling, que vive na década de 60, e Ellie Haworth, que vive nos anos 2000 – e demorei um pouco para me adaptar com a narrativa. Entretanto, é uma escrita leve, de fácil entendimento e que prende a atenção. Entre um capítulo e outro, podemos, ainda, nos deliciar com trechos de lindas cartas, recados e mensagens de amor.

O livro fala sobre as idas e vindas de amores e paixões, daquelas que só acontecem uma vez e que temos certeza de que irão durar por toda a vida. Mas não só isso, a autora nos presenteia ao nos proporcionar a visão dessas duas personagens femininas diferentes, em épocas distintas.

O que me chamou atenção é que o romance, apesar de ter como foco principal as histórias de amor conturbadas e cheias de traições, também nos mostra alguns avanços pelos quais a figura feminina passou nas duas épocas. Na medida em que os enredos foram se desenvolvendo, pude perceber o quanto Jennifer e Ellie tiveram que superar algumas barreiras para seguir em frente em busca da felicidade. Então, prepare-se para mergulhar no mundo de Jennifer Stirling – que depende financeiramente do marido, mora em uma casa imensa com um guarda-roupa repleto de vestidos maravilhosos e que precisa estar sempre com uma ótima aparência para causar boa impressão nas reuniões e encontros sociais – enquanto, ao mesmo tempo,a jornalista Ellie Haworth, em outra década, luta pela consolidação da sua carreira, é solteira e sustenta a si mesma com seu salário.

Independentemente do tempo, do perfil ou classe social dessas mulheres, as duas viveram lindas histórias de amor e se entregaram a elas, apesar das consequências.


 
 
 
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